Fig.1 - Seu doido! |
Confrontado com os resultados do ranking elaborado pelo Comité Científico Independente sobre as Drogas do Reino Unido, o ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa, Domingos Neto, não se mostra minimamente surpreendido. "O álcool é muito mais perigoso do que se imagina", comentou o psiquiatra. É responsável por "cerca de 40 doenças, além de muita violência, conflitos e perturbação da ordem pública", enumera. Ainda assim, "há imensas forças a favor do consumo dos jovens", um "lobby fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas".
Fig 2 - Prof. Doutor Domingos Neto |
E a dependência do álcool continua a ser "muito tolerada" em Portugal, onde, para um máximo de "entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados", existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de álcool. Mas o problema não é só português. "O álcool é a cocaína da Europa", diz o psiquiatra, que lamenta que em Portugal "falte uma atitude de saúde pública integrada para combater" este problema.
A cocaína também surge no ranking britânico, mas bem longe do álcool, da heroína e do crack. E o tabaco aparece logo a seguir, acima das anfetaminas, do ecstasy e dos cogumelos mágicos (ver gráfico).
No dia em que na Califórnia se vota na legalização da Cannabis, é notícia uma reavaliação da perigosidade das drogas legais e ilegais que coloca o álcool onde sempre deveria ter estado, no topo! [Fonte]: aventar.eu
Fig. 3 - Gráfico - O mais perigoso |
Realizado pelo comité liderado pelo ex-consultor governamental britânico David Nutt - demitido em 2009 depois de propor a alteração da classificação das drogas e de chegar a afirmar que andar a cavalo era mais perigoso do que consumir ecstasy - o ranking foi ontem apresentado em Londres, numa reunião em que participou o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, João Goulão, agora responsável pela aplicação da política portuguesa do álcool.
Fig 4 - João Goulão |
E o que pensa Goulão do estudo? "É uma metodologia que, não sendo perfeita, pode ser uma nova forma de avaliar, sem pressupostos ideológicos, o que realmente é perigoso", concede.
Sobre a política portuguesa a este nível, João Goulão lembra que o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool - aprovado este ano e que prevê o aumento da idade de proibição de venda dos 16 para os 18 anos e a redução da taxa de alcoolemia para recém-encartados até 2012 - contempla metas que "vão demorar algum tempo" a concretizar.
Defende aliás, que a primeira medida "não faz sentido sem que a proibição de venda a menores de 6 anos seja efectiva". E isto passa mais "pela educação e formação dos pais, envolvendo os jovens e os vendedores", do que pela "repressão".
Mas reconhece que há aspectos da lei que devem ser revistos. Dá o exemplo da fiscalização, a cargo da ASAE e das polícias. As autoridades apenas podem abrir processos se apanharem os jovens em flagrante delito.
Num estudo divulgado este ano, a associação de defesa dos consumidores DECO concluiu que mais de metade dos jovens com idade inferior a 16 anos compravam bebidas alcoólicas, apesar da proibição legal.
[FONTE]: Jornal Público
Bora deixar de fumar e consumir cogumelos, faz menos mal, vá! haha:p
ResponderEliminarExactamente :D
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